Maré de Agosto 2006
Existem tradições que não podem deixar de ser cumpridas, e ir à Maré de Agosto é uma delas.
Tal como acontece todos os anos, desloquei-me mais uma vez para a maravilhosa ilha de Sta. Maria para desfrutar de uns dias de férias diferentes de todos os outros, diferentes para muito melhor. E se todos os anos volto para casa com uma certa nostalgia, este ano não foi excepção. É que este festival, tal como tudo o que é bom, sofre de um grave problema de efemeridade. Parece que num momento estamos a assistir à abertura do festival, e no momento seguinte já estamos a preparar as malas para regressar a casa. E este ano, mais do que em todos os outros que tenho ido, nunca vi tanta gente desejosa por uma avaria no barco que prolongasse a estadia na Ilha do Sol. Foi fantástico. Desde o festival até aos dias passados na praia e ao convívio inter-ilhas que no fundo é o elemento essencial destes dias. Este ano a Praia Formosa estava ainda melhor do que nos últimos dois anos. Não conheço mais nenhuma praia onde possa tomar banho de água quente a partir das 7 horas da noite. Aliás, as pessoas só saíam da água porque tinha mesmo que ser. Simplesmente paradisíaco!!
Relativamente ao festival, este ano foi a prova de que não são precisos nomes muito sonantes para fazer um grande espetáculo. Arrisco-me mesmo a dizer que foi um dos melhores cartazes dos últimos anos. Tenho, por isso, que realçar algumas das bandas que mais me surpreenderam positivamente, e vou começar exatamente pela banda que abriu o festival, os BE-DOM, um grupo de portugueses que muito ao estilo dos Stomp deram um chamado concerto do caraças! Cativaram e interagiram com um público que se rendeu a uma postura "seriamente na boa" que foi o ponto de partida para um grande festival. A abrir o segundo dia tive o prazer de assistir ao concerto de um dos melhores guitarristas do mundo, Stanley Jordan, mas não vou falar dele neste "post" porque existe muita coisa a dizer sobre ele que vai ter que ficar para outro texto. Outro nome que surpreendeu foi Angélique Kidjo, que apesar de ter um estilo musical que não me cativa muito conseguiu "prender" todos os espectadores no recinto. Depois veio Bernard Allison com o seu estilo de Blues. Muito sinceramente, quando olhei para o seu aspecto estravagante pensei que fosse um chulo qualquer que se tivesse enganado no caminho mas afinal era mesmo um guitarrista do caraças. Grande espetáculo. O terceiro dia abriu com Donna Maria. Eu só assisti à parte final do concerto. Muito sinceramente pensei que fosse uma fadista na casa dos 50 anos que estava a actuar. Só quando entrei no recinto é que reparei (de boca totalmente aberta) que a suposta senhora que estava a cantar era na verdade uma jovem de 20 e poucos anos que tinha uma beleza e um vozeirão totalmente fora do normal. Ainda hoje me pergunto porque é que não fui ver o concerto do ínicio ao fim. A fechar o festival outra grande surpresa. Os franceses do Babylon Circus "rebentaram com tudo". Numa postura alegre e cheia de energia fecharam o festival da melhor maneira levando ao rubro um recinto que encheu para fechar em grande mais uma Maré.
E agora...agora é esperar porque para o ano há mais!! Graças a Deus!!
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